Entrevista do Sr. José Martiniano ao Lar e Vida
- naejmnetto
- 5 de dez. de 2020
- 2 min de leitura

Esta entrevista foi publicada no Jornal do Lar e Vida (Nº12 - novembro/dezembro - 2008). Obs.: Transcrição na íntegra.
"Paciente, voluntário, colaborador... Exemplo.
Palavras de sabedoria de José Martiniano Netto, que está "triplamente ligado" ao LarEVida
Há quanto tempo o senhor conhece o LarEVida e como se aproximou da entidade? Desde quando foi idealizado. Em agosto de 2002, a sementinha do LarEVida foi lançada. E ela germinou e frutificou graças a ajuda de centenas de pessoas de corações bem formados. Foi assim que me aproximei da entidade, ou seja, na condição de gotinha d'água no grande oceano.
O senhor, além de ser um paciente, também é voluntário e doador. Como se sente nestes diferentes papeis? A vida é uma engrenagem maravilhosa e sublime Eu acredito que cada pessoa faz parte dessa engrenagem e que cada um pode e deve desempenhar papeis diversos, todos de grande importância, conforme sua vontade, que é a faculdade soberana da alma.
Na opinião do senhor, o que é mais importante para o paciente lutar contra o câncer? Se tratar da doença com muito Amor e Carinho, sem revolta e sem ódio. À medida em que nós formos vivenciando o amor, a dor vai batendo em retirada. Afirma Gandhi que se uma única pessoa conseguir chegar à plenitude do Amor, essa pessoa conseguirá neutralizar o ódio de milhões. Deus é Amor e nada existe fora deste Amor.
Como o senhor descobriu que estava com câncer e quais foram seus sentimentos? Fiquei sabendo através de uma biópsia solicitada pelo amigo e competente Dr. Breno Basil Santa Cecília. E, com referência aos meus sentimentos, recebi a notícia com muita serenidade, sem revolta.
Quais foram os momentos mais difíceis de sua luta? Eu não digo que tive momentos difíceis. Eu tive momentos que exigiram mais coragem, resignação e muita fé em Deus. Eu estou aprendendo a ver o lado bom dos acontecimentos, das pessoas e da vida. Com isso, eu me sinto muito feliz. Outra felicidade que estou tendo é que, desde o momento em que descobri que estava com câncer, o LarEVida tomou todas as providências para me cadastrar e estou recebendo toda a assistência necessária. Também estou recebendo o apoio da Secretaria de Saúde, mas destaco o apoio material, moral e espiritual de muitos amigos. Chego a imaginar que não mereço tanto amor e carinho.
Quais as lições o senhor aprendeu com o câncer? A visão da dor alheia é uma vacina contra a vaidade que nos entra pelos olhos. Procurei melhorar ainda mais o meu estado emocional, pois é certo que estando bem comigo responderei melhor ao tratamento. É comprovado que a auto-estima aumenta a nossa imunidade física."
Comentarios